sábado, 29 de agosto de 2009

sol

Palmas, rio Tocantins

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

o despencar das máscaras

E, então, lá pelas tantas, todas as máscaras caíram...
...da parede.
Pois é, eles estavam todos emparedados, fixados nas verdades que não devem ser tocadas.
No entanto, eis que ela se apresenta onipresente: a linguagem.
Um fala dali, outro gesticula de lá, o terceiro cantarola ali e o quarto se esconde acolá...
E as máscaras começam a despencar.
Uma a uma.
Serão eles capazes de se encarar usando máscaras novas?
- Mas será que eles não sabiam que usavam máscaras?
Por que estão tão surpresos?
Danada linguagem. Nunca vi alguém tão incapaz de realizar aquilo a que se propõe. Falsa. Iludiu-os.
- Será que serão tão ingênuos?
...Pobres humanos, sempre tão preocupados com as aparências...

Bernardo Soares em Pessoa

"Tudo quanto o homem expõe ou exprime é uma nota à margem de um texto apagado de todo. Mais ou menos, pelo sentido da nota, tiramos o sentido que havia de ser o do texto; mas fica sempre uma dúvida; e os sentidos possíveis são muitos." (Soares, Bernardo apud Pessoa, Fernando. Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 10)


quem ouve? quem houve?

quem ouve? quem houve?