justo hoje, no dia em que eu queria escrever uma poesia, a rima fugiu de casa.
saiu cedo, disse que voltava logo, mas ainda não apareceu.
vai ver encontrou algum trovador que com sua lira cantava os mistérios do amor,
quem sabe esbarrou numa guria que encantada com as cores vivas do dia
dizia poesias em forma de bolhas de sabão,
pode ser ainda que tenha se cansado de sentimentalismos
e aproveitado o domingo para encher a cara num bar qualquer.
eu permaneço aqui, espero ansiosa pela sua volta, o retorno da minha inspiração.
enquanto isso, vou jogando palavras no papel.
aleatoriamente. quem sabe de repente o vento muda a direção e traz de volta as
rimas da poesia que justo hoje eu queria escrever.
Cara!... A menina é uma poeta!...
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